terça-feira, 22 de março de 2011

Motorista que levava jornalistas diz que eles foram detidos no dia 19.
Carro teria sido incendiado por militares।

Três jornalistas ocidentais, incluindo dois repórteres da Agência France Presse e um fotógrafo da agência Getty Images, que cobriam o conflito na Líbia, foram detidos no dia 19 de março na região de Tobruk (leste) por soldados do Exército líbio.

Os jornalistas da AFP, Dave Clark (britânico) e Roberto Schmidt (dupla nacionalidade colombiana e alemã), e o fotógrafo da Getty, Joe Raedle (americano), não dão notícias desde sexta-feira (18).

O motorista dos três jornalistas, Mohamed Hamed, que voltou a Tobruk no domingo (20) , informou à AFP que na manhã de sábado (19) os repórteres pediram para viajar até Ajdabiya, cidade cercada pelas forças de Muamar Kadhafi. A poucos quilômetros de Ajdabiya, segundo o motorista, foram perseguidos pelos militares e detidos.

Confronto na cidade de Ajdabiya entre os rebeldes e as forças pró-Kadhafi (Foto: AP)Confronto na cidade de Ajdabiya entre os rebeldes e as forças pró-Kadhafi (Foto: AP)

Quatro soldados os obrigaram a descer do carro sob a ameaça das armas. Dave Clark, contou o motorista, gritou "sahafa, sahafa" (imprensa, imprensa), mas os três jornalistas foram obrigados a ficar de joelhos com as mãos na nuca à beira da estrada.

De acordo com Hamed, os militares incendiaram vários veículos, incluindo o dos jornalistas, que foram levados em um caminhão para um local desconhecido.

Dave Clark, de 38 anos, que trabalha em Paris, é enviado especial da AFP à Líbia desde 8 de março. Roberto Schmidt, 45, fotógrafo do escritório da agência em Nairóbi, está na Líbia desde 28 de fevereiro. Joe Raedle tem 45 anos.


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