sexta-feira, 1 de abril de 2011

Gaddafi rejeita condições impostas por rebeldes para cessar-fogo na Líbia

Porta-voz do governo disse que seria "loucura" abandonar cerco a cidades líbias

01.04.2011/Reuters

beldes rumam para o confronto com tropas de Gaddafi perto da cidade de

de Brega, na Líbia Publicidade

O ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, rejeitou na sexta-feira (1º) as condições impostas pelos rebeldes para um cessar-fogo, alegando que as tropas líbias não deixarão as cidades ocupadas, como exigido pela oposição. O anúncio foi feito pelo porta-voz Moussa Ibrahim.

Saiba como se escreve o nome do ditador da Líbia

- Eles estão nos pedindo para sair das nossas próprias cidades. Se isso não é loucura, não sei o que é. Não vamos deixar as nossas cidades.

Nesta sexta-feira, a liderança dos rebeldes se mostrou disposta a observar um cessar-fogo, desde que "algumas condições" fossem aceitas.

De acordo com os opositores, um dos principais requisitos para esse eventual cessar-fogo seria o fim do cerco das tropas de Gaddafi a algumas cidades rebeldes.

Enquanto uma eventual solução política para a crise na Líbia parecia longe de ocorrer, os combates entre as tropas de Gaddafi e os milicianos revolucionários continuaram nas imediações de Brega, 225 km a oeste de Benghazi.

Rebeldes mudam de estratégia

Os rebeldes mudaram de estratégia para enfrentar os soldados leais ao dirigente líbio nos últimos dois dias, já que situaram membros do Exército na primeira linha de batalha, enquanto na segunda linha estão as milícias de voluntários.

Durante esta quinta-feira (31), as tropas de Gaddafi bombardearam as posições rebeldes com mísseis Grad e foguetes Katyusha.

Enquanto isso, a maior parte dos habitantes da vizinha Ajdabiya, 65 km ao leste de Brega, fugiu da cidade por medo de novos ataques das tropas do ditador.

Se Brega cair nas mãos das forças governamentais, seu alvo seguinte seria Ajdabiya, uma cidade estratégica, já que dela sai uma estrada de ligação com Tobruk, ao leste de Benghazi, considerada essencial para isolar a capital rebelde.

Representante busca saída para ditador

Um enviado de Gaddafi conversou nos últimos dias em Londres com funcionários do governo britânico e aparentemente sondou uma possível saída para o coronel e sua família, informou a imprensa britânica.

Mohammed Ismail, assistente de um dos filhos de Gaddafi, foi informado pelo governo do Reino Unido de que "o coronel precisa deixar o poder". Essa foi a opinião unânime dos integrantes do Ministério de Relações Exteriores britânico.

- Em todos os contatos que estabelecemos deixamos claro que Gaddafi tem que deixar o poder.

O ministério se negou a comentar a visita, indicando que não iria falar continuamente sobre seus contatos com autoridades líbias. A posição oficial do governo britânico é a de encorajar todos os que cercam Gaddafi a abandonar o que qualificam de "regime brutal".

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